Escola do Guerreiro Iluminado

Projeto pioneiro que tem como base a criação de um grupo independente, para:

O estudo das Artes Marciais koryu ("escola antiga") e gendai ("escola moderna"), designadamente:

TaiJutsu (Luta corpo a corpo)

Kenjutsu (Sabre Japonês)

Bojutsu (Kobudo)

Jojutsu (Bastão)

Tantojutsu (Faca de Madeira)

Goshinjutsu (Defesa Pessoal)

Outros...

criando um sistema abrangente e prático para proteção pessoal.

Enfatizar não apenas a força física e a habilidade técnica, mas também a clareza mental, a disciplina e a consciência situacional.

A promoção da prática desportiva, sem competição associada.

Assegurar a independência em relação a qualquer estrutura associativa / federativa nacional / internacional.

Conceder aos integrantes deste grupo de praticantes, a liberdade de frequentarem várias acções de formação marcial, de outras escolas/estilos de modo a contribuirem para o aumento de conhecimentos dos demais.

Promover a componente cultural - hábitos e costumes do Japão: Literatura; Bonsai; Caligrafia; Ikebana; etc.

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SATORI

JAPÃO I

Amaterasu é a deusa xintoísta do sol e do universo, considerada uma das principais divindades do Japão.

O Seu nome completo, Amaterasu-ōmikami, significa "Grande Deusa Augusta que ilumina o céu". Ela é vista como a ancestral mítica da família imperial japonesa e desempenha um papel central na mitologia e na cultura do país.

Principais aspectos de Amaterasu:

Deusa do Sol e do Universo:

Amaterasu é a personificação do sol e, por extensão, do universo, sendo responsável pela luz e pelo calor que trazem vida à Terra.

Ancestral da Família Imperial:

Acredita-se que o imperador do Japão seja descendente direto de Amaterasu, o que confere à família imperial um caráter sagrado e divino.

Criadora de Elementos:

Amaterasu é creditada com a criação do cultivo de arroz, da farinha, do bicho-da-seda e do tear, elementos fundamentais para a sociedade japonesa.

Lenda da Caverna:

Uma das histórias mais famosas envolvendo Amaterasu é a sua reclusão em uma caverna após um desentendimento com seu irmão Susanoo, causando escuridão e caos no mundo. A solução para o problema foi uma estratégia engenhosa das outras divindades, que fizeram Amaterasu sair da caverna e restaurar a luz.

Santuário Ise:

O Santuário de Ise, em Honshu, é o principal santuário dedicado a Amaterasu, onde ela é representada por um espelho.

Símbolos:

Amaterasu é frequentemente associada a galos, que saúdam o sol pela manhã, e ao espelho, que reflete sua luz.

Importância Cultural:

Amaterasu é uma figura central na religião xintoísta e na cultura japonesa, sendo celebrada em festivais e rituais, especialmente em Ise, onde o santuário dedicado a ela se encontra. Sua história e seus símbolos refletem valores importantes para o povo japonês, como a harmonia, a ordem e a importância da luz e do calor para a vida

A Batalha de Sekigahara foi um confronto decisivo na história do Japão, ocorrido em 21 de outubro de 1600, que selou o destino do país e abriu caminho para o estabelecimento do Xogunato Tokugawa. A batalha opôs as forças de Tokugawa Ieyasu ao Exército Ocidental liderado por Ishida Mitsunari, um leal seguidor do falecido Toyotomi Hideyoshi. A vitória de Tokugawa em Sekigahara marcou o fim do período Sengoku (das províncias guerreiras) e o início de um longo período de paz sob o governo dos Tokugawa, que durou até 1868.

Contexto Histórico:

Após a morte de Toyotomi Hideyoshi, seu filho e herdeiro, Hideyori, era muito jovem para governar, o que gerou instabilidade e divisões entre os daimyos (senhores feudais).

Tokugawa Ieyasu, um dos cinco regentes deixados por Hideyoshi, emergiu como a figura mais poderosa e ambicionou o controle total do Japão.

Ishida Mitsunari, um leal servo de Hideyoshi, liderou o Exército Ocidental contra Tokugawa, buscando preservar a autoridade da casa Toyotomi.

A Batalha:

A batalha ocorreu em uma planície perto de Sekigahara, no centro do Japão.

As forças de Tokugawa Ieyasu, conhecidas como Exército Oriental, enfrentaram o Exército Ocidental de Ishida Mitsunari, que contava com cerca de 80 mil homens.

A batalha foi marcada por traições e deserções, com alguns comandantes do Exército Ocidental mudando de lado durante o confronto, enfraquecendo a posição de Mitsunari.

A vitória de Tokugawa foi consolidada com a morte de Ishida Mitsunari e a subsequente execução de seus principais aliados.

Consequências:

A vitória de Tokugawa em Sekigahara foi um ponto de virada na história japonesa.

Tokugawa Ieyasu consolidou seu poder e estabeleceu o Shogunato Tokugawa, que governou o Japão por mais de 260 anos.

O período Tokugawa trouxe estabilidade e paz ao Japão, mas também um longo período de isolamento do mundo exterior.

Sekigahara é um local histórico importante, com museus e monumentos que relembram a batalha e seu significado.

Visita a Sekigahara:

Atualmente, Sekigahara é uma cidade pacata, mas com diversos pontos turísticos que remetem à batalha.

É possível visitar o campo de batalha e explorar os locais onde as tropas de Tokugawa e Ishida estiveram posicionadas.

Há placas informativas em japonês e inglês, além de um museu que conta a história da batalha e oferece réplicas de armas e armaduras samurais.

A história dos 47 Ronins é um relato verídico do Japão feudal que se tornou uma lenda de lealdade, sacrifício e honra samurai. A história, que se desenrolou entre 1701 e 1703, narra a vingança de um grupo de samurais (ronins) contra Lord Kira, responsável pela morte de seu mestre, Asano Naganori.

A história:

Conflito inicial:

O daimyō Asano Naganori foi forçado a cometer seppuku (suicídio ritual) após ferir Kira Yoshinaka, um oficial de alta patente do shogunato, num local sagrado do castelo de Edo.

Ronins:

Com a morte de Asano, os seus samurais tornaram-se ronins, guerreiros sem mestre, e juraram vingar sua morte.

Vingança:

Os 47 ronins esperaram mais de um ano para planear e executar o ataque a Kira, a fim de não despertar suspeitas.

Consequências:

Após a vingança, os ronins entregaram-se e foram condenados ao seppuku, cumprindo assim seu código de honra.

O legado:

Cultura japonesa:

A história dos 47 Ronins é um exemplo emblemático do código de honra samurai, o Bushido, e é celebrada até hoje no Japão, com festivais e adaptações em diversas mídias.

Sengakuji:

O templo Sengakuji, onde os ronins foram enterrados ao lado de seu mestre, é um local de peregrinação e celebração anual do evento.

Inspiração:

A história dos 47 Ronins inspirou inúmeras obras de arte, incluindo peças de teatro, filmes, livros e mangás, tanto no Japão quanto no mundo.

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SATORI

JAPÃO II

Tengu (天狗) são criaturas míticas do folclore japonês, conhecidas pela sua natureza ambivalente. Geralmente são descritos como seres com características humanas e de pássaros, frequentemente com longos narizes ou bicos. Eles são associados a florestas e montanhas, e possuem poderes sobrenaturais, como a capacidade de mudar de forma, controlar o vento e teletransportar.

Características:

  • Aparência:

Os tengu são frequentemente retratados com longos narizes, rostos vermelhos, olhos brilhantes, garras longas e, em alguns casos, bicos de pássaro.

  • Natureza:

A natureza dos tengu é ambivalente, podendo ser tanto protetores quanto travessos, influenciados pelas tradições xintoístas e budistas.

  • Poderes:

Eles possuem habilidades sobrenaturais, incluindo a capacidade de mudar de forma, manipular ventos, teletransporte e telecinésia.

  • Local de moradia:

Tengu habitam florestas e montanhas, áreas frequentemente ligadas ao xamanismo e ao budismo ascético (Shugendō).

Papel no Folclore:

  • Protetores e Guardiões:

Em algumas versões, os tengu são vistos como protetores das montanhas e florestas, guardiões da natureza.

  • Prendas e Desordem:

Em outras versões, são retratados como seres travessos que pregam peças, especialmente em pessoas orgulhosas ou arrogantes.

  • Mestres de Artes Marciais:

Alguns tengu são considerados mestres de artes marciais, como a espada, e podem até ensinar suas habilidades a humanos.

  • Relacionamento com Humanos:

A relação dos tengu com os humanos varia, podendo ser de medo, respeito ou até mesmo admiração, especialmente por suas habilidades sobrenaturais.

Em resumo, tengu são figuras complexas e multifacetadas no folclore japonês, com um papel que varia entre o protetor da natureza e o ser travesso e poderoso. 

Onna-Bugeisha: as guerreiras ferozes do Japão

Onna-Bugeisha, ou Onna-Musha, eram mulheres guerreiras na era feudal do Japão, treinadas em artes marciais e hábeis no uso de armas, particularmente a naginata (uma arma de haste). Estas mulheres lutavam ao lado dos samurais masculinos e defendiam frequentemente as suas casas, clãs e castelos quando os seus homólogos masculinos estavam fora em guerra. Longe de serem raras, estas guerreiras foram vitais em épocas de conflito, como na Guerra de Genpei (1180-1185) e no Período Sengoku (séculos XV-XVII).

Uma das mais famosas Onna-Bugeisha foi Tomoe Gozen, uma lendária guerreira do século XII que lutou na Guerra de Genpei. Conhecida pelo seu destemor e habilidade, liderou tropas em batalha e diz-se que decapitou pessoalmente vários comandantes inimigos. Estas mulheres quebraram os papéis tradicionais de género no Japão medieval, demonstrando que o campo de batalha não era apenas o domínio dos homens.

Com o tempo, o papel das Onna-Bugeisha desvaneceu-se, especialmente durante o Período Edo, mas o seu legado como protectoras ferozes e leais perdura na memória cultural do Japão

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Hiragana e katakana são dois silabários (conjuntos de símbolos que representam sílabas) do sistema de escrita japonês, usados junto com os kanji (caracteres chineses).

O hiragana é usado principalmente para palavras de origem japonesa, partículas gramaticais e flexões verbais, enquanto o katakana é usado para palavras estrangeiras, nomes próprios estrangeiros, onomatopeias e para dar ênfase a certas palavras ou frases.


Hiragana:

Forma: 

Caracteres mais arredondados e fluidos.


Uso:

Palavras de origem japonesa.

Partículas gramaticais (como "wa", "ga", "o", "ni", etc.).

Flexões verbais e adjetivais (as terminações que mudam dependendo do tempo verbal, por exemplo).

Palavras e expressões que não têm kanji correspondente ou onde o kanji é difícil de ler.

Um exemplo de uso comum é em textos informais, onde pode aparecer mais frequentemente do que o katakana ou kanji.


Katakana:

Forma: 

Caracteres mais retos e angulares.


Uso:

Palavras e nomes estrangeiros (empréstimos linguísticos).

Onomatopeias (sons como "miau", "vroom", etc.).

Ênfase em palavras ou frases.

Termos técnicos e científicos.

Exemplos comuns: anúncios ou rótulos de produtos estrangeiros.


Em resumo:

O hiragana e o katakana são ambos silabários, mas têm usos distintos na escrita japonesa. O hiragana é usado para palavras e elementos gramaticais japoneses, enquanto o katakana é usado para palavras estrangeiras e outros contextos específicos.


Observação: É comum encontrar uma combinação de hiragana, katakana e kanji num mesmo texto em japonês.

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SATORI

JAPÃO III

A cerimónia do chá japonesa, conhecida como "chanoyu" ou "sado", é um ritual que envolve a preparação e a degustação do chá num ambiente formal e cerimonial. Originária do Zen Budismo, a cerimónia visa a purificação da alma e a busca pela harmonia com a natureza e consigo mesmo.

Elementos da Cerimónia do Chá:

Preparação:

A cerimónia é conduzida por um mestre de chá, que utiliza utensílios específicos, como a tigela de chá (chawan), a concha de chá (chashaku) e a vassourinha de bambu (chasen).

Local:

A cerimónia ocorre em uma casa de chá (chashitsu), projetada para criar um ambiente tranquilo e propício à contemplação.

Protocolo:

Há um rigoroso protocolo a ser seguido, desde a entrada na casa de chá, onde os convidados retiram os sapatos e lavam as mãos, até a forma de beber o chá e elogiar o mestre.

Etapas:

A cerimónia pode incluir refeições ligeiras, pausas e a preparação do chá, podendo durar várias horas, especialmente na sua forma completa.

Significado:

A cerimónia do chá não é apenas um ritual para beber chá, mas uma expressão da cultura japonesa, envolvendo arte, beleza, simplicidade e respeito pela natureza e pelo outro. A cerimónia promove a harmonia, a paz de espírito e a contemplação.

Onde Experimentar:

Em várias cidades do Japão, como Kyoto e Tokyo, é possível participar de cerimónias do chá, algumas com duração mais reduzida para turistas.

Em resumo, a cerimónia do chá é uma experiência cultural profunda, que oferece uma oportunidade de apreciar a beleza, a calma e a tradição japonesa.

 

Kintsugi, a perfeita imperfeição

O kintsugi não é só uma técnica – é uma filosofia de vida que coloca as falhas não como defeitos, mas como fatores de evolução.

O kintsugi – ou kintsukuroi – é uma técnica japonesa de reparação de cerâmicas que colmata as falhas de uma peça cobrindo-as de resina misturada com pó de ouro, prata ou platina. Reza a história que foi o shogun japonês Ashikaga Yoshimasa (que reinou de 1449 a 1473 durante o período Muromachi do Japão) que devolveu à China uma danificada tigela de chá em porcelana chinesa, para ser reparada, e o que recebeu de volta foi uma peça reconstruída com inestéticos agrafos de metal.

O desagrado foi tal que Yoshimasa pediu aos artesãos japoneses uma solução mais esteticamente aprazível de reparação, resultando nesta arte de "colar" fissuras com laca dourada. A popularidade foi tão exacerbada que alguns colecionadores foram acusados de quebrar cerâmicas de grande valor para que pudessem ser reparadas em modo kintsugi. A técnica, apesar da origem nipónica, pode ser aplicada a cerâmicas de berços diferentes, como China, Vietname, Coreia… e até ao mundo atual – de forma metafórica, claro, mas não menos poderosa em sentido.

"O kintsugi não é só uma técnica – é uma filosofia de vida que coloca as falhas não como defeitos, mas como fatores de evolução."

Numa altura em que tanto se sublinha o respeito, o processo do kintsugi encerra o simbolismo perfeito: ao recuperar peças partidas com um curativo em ouro, a técnica não está apenas a enfatizar as falhas de um objeto, destacando-as de forma bela, como está a passar a mensagem que os artigos não deixam de ter valor por estarem com defeitos de uso ou partidos, que há vida – e beleza – além das cicatrizes.

É que ao unir fragmentos com este tipo de verniz polvilhado a ouro, restaurando a peça à sua forma original, mas transformando a sua estética para que evoque o desgaste que o tempo e a vida provocam sobre as coisas físicas, esta arte também versa sobre o valor das imperfeições e a mutabilidade da identidade, tornando-se uma referência à importância da resistência e até um testamento do valor próprio face às adversidades.

Aliás, o processo de secagem no kintsugi é determinante, porque pode durar semanas, por vezes meses, até endurecer (tal como o ser humano leva o seu tempo para recuperar de mazelas físicas ou emocionais). Mas esse tempo é fulcral para garantir a coesão e durabilidade (tal como em nós), reforçando esta ideia de uma técnica que incentiva a resiliência com uma recompensa final: perceber que as cicatrizes nos tornam melhores (e aos outros) – um processo de aceitação que deveria ser mais corrente nos tempos que correm.

"There's a crack in everything. That's how the light gets in"

- Leonard Cohen

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NINJAS NA HISTÓRIA:

além dos mitos da cultura pop 🥷🏻

Ao longo dos séculos, a figura do ninja (ou shinobi) foi intensamente romantizada pela cultura popular japonesa e ocidental, especialmente a partir do século XX.

No entanto, os registos históricos e os estudos historiográficos mostram que a realidade era bem diferente da imagem mítica criada por filmes, animes e romances.

🥷🏻. Espiões, não assassinos:

Historicamente, os ninjas eram especialistas em infiltração, recolha de informações e sabotagem.

Segundo Stephen Turnbull , um dos principais estudiosos ocidentais sobre o Japão feudal, os shinobi eram empregados em missões de reconhecimento e espionagem por senhores feudais (daimyō), sobretudo durante os períodos de instabilidade política, como o Sengoku Jidai (século XV-XVI).

O assassinato era uma possibilidade extrema e não uma função central.

🥷🏻. Samurai e ninja não eram opostos:

A dicotomia entre ninjas e samurais é uma construção moderna.

Muitos ninjas eram samurais de baixa patente ou rōnin (samurais sem mestre), que utilizavam suas habilidades de espionagem como uma extensão das artes militares tradicionais.

Conforme afirma o historiador Karl Friday, "ninja" não era uma classe ou casta social, mas uma função exercida dentro de determinados contextos militares.

🥷🏻. O verdadeiro "ninjutsu":

O ninjutsu, muitas vezes vendido hoje como uma arte marcial exótica, era, na verdade, um conjunto de técnicas práticas de espionagem, incluindo camuflagem, movimentação furtiva, codificação de mensagens e técnicas de disfarce.

Textos como o Bansenshukai, um manual de espionagem compilado por Fujibayashi Yasutake, descrevem o ninjutsu como uma forma de "guerra não convencional", não como combate corpo a corpo ou acrobacias elaboradas.

🥷🏻. Ferramentas e armas:

As famosas shurikens e kunais não eram armas principais, mas sim objetos utilitários.

As shurikens serviam para criar distrações, enquanto as kunais eram ferramentas de escavação ou corte.

A letalidade dessas armas foi amplamente exagerada pela ficção.

Segundo Antony Cummins, estudioso dos manuscritos ninja, o verdadeiro equipamento shinobi era leve, prático e adaptável ao ambiente da missão.

🥷🏻. A vestimenta ninja:

O estereótipo do ninja vestindo roupas pretas e máscaras provém do teatro kabuki, onde os ajudantes de palco (kuroko) usavam preto para "não serem vistos", e isso foi transferido para os ninjas no imaginário cénico.

Na prática, ninjas disfarçavam-se de monges, artesãos, mercadores ou camponeses, usando cores discretas como azul escuro, marrom ou cinza para se misturarem à população e ao ambiente, conforme descrito em fontes como o próprio Bansenshukai.

Portanto a imagem moderna do ninja como um guerreiro sombrio e místico é mais fruto da imaginação artística do que da realidade histórica.

A figura real do shinobi era muito mais próxima de um agente de inteligência ou de operações especiais do que de um assassino acrobático.

Resgatar essa perspectiva não apenas enriquece o nosso entendimento sobre o Japão feudal, mas também revela como a cultura pop molda (e distorce) o passado.

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SATORI

JAPÃO IV

Shodō – A Arte Viva da Caligrafia Japonesa

A caligrafia japonesa é uma das artes mais conhecidas e populares entre as artes tradicionais do Japão. 

Shodō (書道) em japonês, literalmente significa o caminho da escrita. O shodō tem uma longa história. Contudo, ainda hoje é praticado e é uma aula popular nas escolas do ensino fundamental até a universidade.

História e tradição

O principal objetivo da caligrafia japonesa é a simplicidade, beleza e conexão entre a mente e o corpo. A arte da caligrafia japonesa remonta o século VI, quando chegou da China. No inicio, a caligrafia japonesa era altamente influenciada pelo estilo chinês. Os especialistas em caligrafia copiavam a poesia e textos chineses para aprender a arte.

Durante a era Heian (794-1185) o sistema de escrita japonesa evoluiu. Os caracteres chineses (漢字, kanji) importados do continente chinês ainda eram usados, mas um novo tipo de sistema de caracteres: kana (hiragana e depois katakana) foram criados. Com estes caracteres adicionais a caligrafia ganhou um estilo único no Japão.

O shodō está intimamente ligado com o Zen Budismo e é influenciado por suas ideais e valores. A caligrafia japonesa vai muito além de apenas escrever palavras ou caracteres. A chave da verdadeira caligrafia é trazer a mente e a alma para o trabalho e escrevê-la com o coração, caso contrário não faz sentido praticá-la. O calígrafo tem apenas uma chance de escrever, pois a escrita não pode ser corrigida. Para expressar o significado mais profundo possível, o trabalho precisa mostrar as emoções, a personalidade e a paixão do artista. Também se diz que o jeito de escrever é o caminho para a iluminação.

A caligrafia é comumente praticada por monges do zen budismo. O filósofo japonês Nishida Kitaro apontou que a caligrafia japonesa não pode ser dominada pela prática constante. Para escrever a caligrafia zen, a mente deve estar vazia e os caracteres devem fluir sem esforço. Este estado de espírito é chamado de mushin (無心) e significa "consciência sem consciência". Ao praticar a caligrafia japonesa, deve deixar a sua mente vazia e concentrar-se apenas no significado das palavras que escreve.

 

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Local de Prática

Academia de Instrução e Recreio Familiar Almadense

Rua Capitão Leitão 64

2800-068 Almada

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